Projeto do 'Dia do Animal Sem Raça Definida' causa saia justa entre deputados

PL foi apresentado pela deputada Joana Darc

Projeto do 'Dia do Animal Sem Raça Definida' causa saia justa entre deputados
Parlamentares das CCJR, Comissões Meio Ambiente, Proteção aos Animais e Desenvolvimento Sustentável foram favoráveis ao projeto - Foto: Divulgação

Manaus - Enquanto profissionais terceirizados da saúde faziam manifestação em frente a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) pelo cumprimento de direitos trabalhistas, alguns deputados estaduais se viram em uma saia justa na votação desta quarta-feira (24) quando o Projeto que cria o “Dia do Animal Sem Raça Definida”, de autoria da deputada Joana Darc (PL), foi citado na pauta.

O projeto recebeu parecer favorável das Comissões de Constituição, Justiça e Redação (sob relatoria do deputado Delegado Péricles); e de Meio Ambiente, Proteção aos Animais e Desenvolvimento Sustentável (sob relatoria da deputada Alessandra Campêlo).

O deputado Sinésio Campos (PT) chegou a perguntar se o dia está limitado aos caninos, ou se estende a outros animais como aves, bois e búfalos. “Essa será uma data em que estará incluído todos os animais oriundos de misturas de raças não definidas? Está ampliado para todas as raças?”, questionou.

Em tom de brincadeira, o deputado Belarmino Lins (PP), disse que o projeto poderia incluir outros animais. “Em regra geral poderia definir outros animais como por exemplo: anta, onça, cutia, viado. Abre o leque para festejar o dia do animal de maneira ampla e irrestrita. Como está no projeto está omisso”, afirmou.

O deputado Saullo Vianna pediu a retirada do projeto de pauta, mas antes solicitou que os deputados Alessandra Campelo e Carlinhos Bessa, relatores do Projeto, explicassem a proposta. Claramente incomodado Bessa disse que não foi o relator.

“Não presidente, foi a deputada Alessandra”, disse Bessa.

“O deputado Carlinhos Bessa foi relator do Projeto do gato fera, esse projeto quando passou pela minha relatoria foi apenas do ponto de vista ambiental, se ele seria prejudicial ou não ao meio ambiente, e eu entendo que não é prejudicial, embora não fosse um projeto que eu apresentasse, para mim não seria prioridade um projeto como esse, mas do ponto de vista da minha relatoria, ao que me cabia naquele momento, sem entrar no mérito do projeto, eu o fiz”, justificou Alessandra Campelo.