Morre Clóvis ‘Aranha Negra’
Eterno goleiro do Rio Negro faleceu por complicações do Covid-19
Manaus - O ídolo do Rio Negro, o ex-goleiro Clóvis Amaral, 76, conhecido como "Aranha Negra" faleceu na segunda-feira (12). Clovis estava internado, com quadro grave do coronavírus e não resistiu.
Pelas redes sociais o Rio Negro Clube divulgou a nota:
"Infelizmente, temos que noticiar...
Nosso eterno Clóvis, descansou.
Um dos maiores nomes da história do futebol rionegrino, campeão amazonense, campeão da Taça da Guiana, vencedor de inúmeros clássicos, hoje recolhe sua camisa negra, sua toalha vermelha e vai defender as metas do céu, ao lado de outros grandes craques.
Clóvis estava internado, com grave quadro de Covid-19, entre melhoras e pioras, infelizmente não conseguiu vencer o vírus.
Sua história está marcada, o mais icônico atleta se vai.
Obrigado por tudo, Aranha Negra. Você é uma lenda e por aqui seu nome estará sempre marcado.
Descanse em paz"
História
Começou a jogar bola como zagueiro do Nazaré, um time suburbano organizado pela rapaziada residente no final da Avenida Joaquim Nabuco, para os mais antigos, do “*Alto de Nazaré (1), término da linha de bonde, cuja placa de fundo amarelo tinha o nome de Nazaré em vermelho.
Clovis nasceu na cidade de Parintins, a 20 de outubro de 1943 e chegou em Manaus ainda garoto e começou a se interessar pela bola.
Em 1959 já estava no time juvenil do Auto Esporte comandado por Cláudio Coelho. Num dia de treino faltou um goleiro e Clovis tomou conta do posto para nunca mais sair, deixando longe a idéia de ser zagueiro. Suas atuações foram acima do esperado para um garoto que tinha realmente boa estatura para jogar na zaga.
Em 1961, com 18 anos, chegou ao time titular do Auto e fez seu último jogo com essa camisa, em 22-12-1962, contra o Rio Negro, no Parque, perdendo por 3 a 1.
Rio Negro
Clovis trocou o Auto Esporte pelo Rio Negro em 1963, mas teve que cumprir um estágio exigido pela lei de transferência. Nesse mesmo ano o Rio Negro empreendeu uma temporada em gramados do Pará e do Maranhão e Clovis foi incorporado à delegação que levava mais dois goleiros: Pedro Brasil e Chicão. Com a saída de ambos, Clovis passou a titular até 1970, quando teve uma rápida passagem pela Rodoviária, voltando ao ninho antigo em 1973, perdendo a posição para o carioca Carlos Henrique, já no Segundo Turno do campeonato. Depois, o Rio Negro contratou outro carioca, o Borrachinha, para disputar o Copão e Clovis decidiu parar.
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