Número de empresas em funcionamento cresce em 252,8 mil no período de um mês
Retomada da abertura de negócios ocorre em especial nas atividades de cabeleireiros e comércio de vestuário
Brasília - O Brasil conta com 252.840 empresas a mais em funcionamento do que havia no final de agosto. Esse retrato positivo do empreendedorismo no período de um mês no país pode ser conferido a partir desta quarta-feira (7) no Mapa de Empresas, ferramenta lançada este ano pelo governo federal. Enquanto em 31 de agosto havia 19.289.824 empresas ativas, já em 30 de setembro o número tinha saltado para 19.542.664.
As atividades econômicas de maior destaque na criação de empresas em setembro foram: cabeleireiros, manicure e pedicure; comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; comércio varejista de bebidas; restaurantes e similares.
O tempo médio de abertura de empresas foi de 2 dias e 21 horas – o mesmo do mês anterior. A meta traçada na Estratégia de Governo Digital 2020-2022 é de reduzi-lo para apenas um dia. De todos os negócios criados em setembro, 32,8% já foram abertos em menos de um dia.
A transformação digital do governo federal, expandida às juntas comerciais de todo o país, é uma das explicações para a projeção de maior agilidade nesse tempo médio. Em 21 meses, esse tempo já caiu quase à metade. Em janeiro do ano passado, a média nacional era de 5 dias e 19 horas para abrir uma empresa.
Medidas de simplificação da vida do empreendedor brasileiro adotadas desde o último ano, como o registro automático de empresas e a dispensa de alvará para o exercício de atividades de baixo risco, também foram decisivas.
“A transformação digital empreendida no país propicia que apresentemos este Mapa de Empresas com dados precisos e atualizados, tanto por atividade econômica quanto por localização geográfica”, destaca o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mario Paes de Andrade. “É uma ferramenta que fornece ao empreendedor as informações sobre onde o seu tipo de atividade específica e as atividades afins mais se desenvolvem ou ainda podem crescer mais, corroborando para que tome suas decisões.”
Empreendedorismo na pandemia
Medidas do governo, como a que propicia desde o início do ano maior agilidade e menor custo na abertura de filiais em unidades federativas diferentes da matriz, eliminando deslocamentos por diversas juntas comerciais, beneficiaram empreendedores como Carlos Augusto Nepomuceno da Silva, 48 anos. Pedagogo brasiliense que criou franquia de alimentação em 2012, na própria churrasqueira de casa, viu o negócio deslanchar ainda mais com o delivery (entrega no endereço solicitado) durante a pandemia.
Em outubro do ano passado, contava com 15 lojas. “Hoje, depois de muita ralação, muita dedicação, estamos indo para 33 no país em plena pandemia” – 23 já estão em funcionamento, as demais em implantação. No mês de setembro, ele abriu sua oitava loja em Brasília, e, na virada para outubro, mais uma em Goiânia.
“A pandemia quebrou um paradigma: muitas pessoas tinham receio de pedir delivery. Com ela, tivemos de aprimorar a operação para entregar nossos produtos com ainda mais qualidade”, observa o empresário. “Chegamos a ter 90% a 95% de nossas vendas no delivery. Com esta diminuição do afastamento social, as vendas no balcão estão voltando e não está havendo queda no faturamento”, orgulha-se. “Acredito que a mudança de hábitos vai continuar, porque o mundo não será o mesmo daqui para a frente”, aposta.
Com informações da assessoria de comunicação especial do Ministério da Economia
Comentários do Facebook