Sessão Plenária compensatória tratou de conscientização de autismo e desenvolvimento municipalista
Os parlamentares debateram sobre o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e a necessidade de desenvolvimento municipalista como alternativa econômica à Zona Franca de Manaus (ZFM)
Durante a Sessão Plenária compensatória, desta segunda-feira (3), da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), os parlamentares debateram sobre o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e a necessidade de desenvolvimento municipalista como alternativa econômica à Zona Franca de Manaus (ZFM).
Ao abrir os pronunciamentos do Pequeno Expediente, o deputado Cabo Maciel (PL) ressaltou a importância do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado no último domingo (2).
O deputado Wilker Barreto (Cidadania) também falou sobre o tema, indicando ao Governo do Estado a recriação da Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência como um meio de reparação com a sociedade. “Ontem foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e o Estado sequer tem uma secretaria relacionado ao tema. Por isso, faço mais uma vez indicação ao governo para que tenha sensibilidade de encaminhar mensagem recriando a Secretaria da Pessoa com Deficiência”, solicitou.
Ele também pediu ao Governo do Estado o retorno dos recursos do Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Estado do Amazonas (FTI) à saúde, além da normalização dos pagamentos da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) para amenizar a precariedade de medicamentos no interior do Amazonas.
No Grande Expediente, o deputado Mario César Filho (UB) destacou o seu histórico com a causa do autismo, mesmo antes de se tornar pai atípico. “Esta consciência deve acontecer todos os dias no ano inteiro. Comecei a olhar mais por essa causa quando apresentava programas na televisão, pois as duas maiores demandas eram de ressonância magnética e a de mães de crianças autistas que precisavam de neuropediatra, que em Manaus tem apenas quatro. Por isso o estado deve buscar mais profissionais, inclusive trazendo médicos de outros estados, se for o caso”, sugeriu.
O parlamentar também falou sobre um projeto dedicado ao autismo, chamado de Casa Azul. “Sou um pai atípico e tenho o projeto da Casa Azul em que teremos um espaço para atender crianças com autismo, com expectativa de atender 100 crianças por dia, com neuropediatra, fonoaudiólogo, psicólogo, enfim, tudo que é necessário para o acompanhamento destas crianças no seu desenvolvimento. É um projeto que nasceu exatamente desta alta demanda”, explicou.
Os deputados Rozenha (PMB) e João Luiz (Republicanos) parabenizaram a iniciativa de criação da “Casa Azul” pelo colega parlamentar, visto que no sistema público de saúde o atendimento especializado aos autistas ainda engatinha, de acordo com eles.
Em aparte, Wilker Barreto reforçou a necessidade da volta da secretaria e sugeriu que seria interessante ter uma “Casa Azul”, em cada zona de Manaus. Em resposta, a deputada Joana Darc (UB) disse que a recriação a Secretaria da Pessoa com Deficiência já está sendo planejada para ser uma secretaria com orçamento e que atenderá a capital e o interior.
Desenvolvimento do interior
Comentando visita feita ao município de Manicoré (distante a 332 quilômetros de Manaus) o deputado Rozenha manifestou preocupação com a falta de perspectivas de futuro à população interiorana, dada as poucas alternativas econômicas.
“A saída econômica para empregos no interior está na floresta. Não há emprego no interior porque o homem do interior não encontra uma maneira de acessar a riqueza. Esta Casa precisa encontrar uma maneira da riqueza do interior chegar ao homem do interior. Temos de ter consciência e entender o por quê o estado empobrece a cada ano, com a saúde e educação sendo pressionadas. As pessoas no interior vivem desesperançadas porque não tem trabalho”, lamentou.
Em seu discurso, o deputado Adjuto Afonso (UB) reforçou a preocupação com a geração de empregos e desenvolvimento do interior. O parlamentar apontou que a Aleam tem de tomar posição com as demandas do interior, principalmente no sul do Amazonas, como Humaitá (a 590 km de Manaus), Manicoré (a 332 km de Manaus), Apuí (a 453 km de Manaus), que tem muitos pecuaristas.
“Precisamos criar oportunidades às pessoas do interior para que produzam de alguma forma. Hoje, a Zona Franca supre, mas não será para sempre, por isso o setor primário é uma alternativa”, apontou. Comentando o discurso, o deputado Wilker Barreto sugeriu uma visita dos deputados ao sul do Amazonas.
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