William Alemão retoma discussão sobre festas clandestinas realizadas em Manaus
Parlamentar é publicamente a favor da flexibilização do decreto governamental contra a Covid-19
Manaus - O vereador William Alemão (Cidadania) voltou a cobrar providências das autoridades sanitárias e de segurança, em relação às festas clandestinas realizadas na capital amazonense. O protesto, que não é de agora, foi novamente posto em pauta pelo parlamentar, nesta segunda-feira (2), durante o retorno das atividades na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Alemão é publicamente a favor da flexibilização do decreto governamental contra a Covid-19, mas se mostrou preocupado com a situação, pelo fato de que as restrições impedem o pleno funcionamento de estabelecimentos que estão dentro das regras sanitárias e legalizados, além de estimular as festas clandestinas.
Inconformado com a falta de fiscalização nos referidos eventos e incomodado pelo desrespeito às leis vigentes, o vereador se referiu a grupos que insistem em caminhar na clandestinidade, como os principais motivadores das ocorrências registradas, principalmente, nos fins de semana.
"É uma pauta que tenho falado e discutido há muito tempo. Hoje, essas festas clandestinas são incentivadas por grupos que estão à margem da sociedade, só que as pessoas que frequentam esses locais não sabem, ou, se sabem, fecham os olhos. Há divulgação de festa oferecendo até balão open bar e balinha open bar, que representam aquele óxido nitroso, se eu não me engano, que faz um mal horrível para as pessoas”, observou, referindo-se à chamada "droga do riso", um medicamento utilizado em meio hospitalar, sujeito à receita médica, mas geralmente vendido de forma ilegal, para eventos em estabelecimento de diversão noturna.
William Alemão denunciou que tem sofrido na pele, ou melhor, nos ouvidos, as consequências provocadas pelo barulho, que invade noite a dentro, bairros como o Tarumã (onde mora), na zona Oeste de Manaus.
“Tenho áudios aqui comigo, mas não vou colocá-los. Tamanha duas e meia da manhã, dentro da minha própria casa, não consigo dormir, com festas e mais festas no Tarumã. O que falta para que medidas sejam tomadas? São eventos dominados por bandidos”, denunciou.
O parlamentar disse, ainda, que é possível identificar os ambientes onde as festas são realizadas, por meio dos próprios anúncios apresentados pelos organizadores, via redes sociais.
“Há um perfil no Instagram, em que você vai lá, pega o número um dia antes e ele manda a localização. Qualquer pessoa faz isso. O que falta para a polícia realizar o mesmo, para que os empresários sérios da cidade voltem a trabalhar? São dois pesos e duas medidas”, comparou.
Punição
O empenho em combater a clandestinidade é tão grande que, em março deste ano, Alemão chegou a sugerir o pagamento de duas mil cestas básicas, como punição aos idealizadores de uma festa realizada em um condomínio de luxo de Manaus. Na ocasião, ele propôs que os produtos fossem repassados pela prefeitura, a profissionais que atuam no meio artístico e que sofriam diretamente com a falta de eventos, em decorrência da pandemia.
Reabertura
Nesta segunda-feira, o vereador defendeu a reabertura e o funcionamento normal de bares, restaurantes e afins, dentro das normas de prevenção à Covid-19, em respeito à categoria da qual também faz parte, e que tem sofrido com os efeitos nefastos deixado pelo novo coronavírus, desde o ano passado.
“Basta olhar nas ruas e ver a quantidade de placas com os dizeres: à venda ou aluga-se, das empresas que quebraram ou não vão mais voltar. É fácil para a secretaria de segurança fazer blitz no Centro da cidade, fechar os bares, realizar blitz no Vieiralves e em todos os bairros, mas não ir aonde estão as grandes festas. Por quê? Talvez para o policial, e eu até entendo, chegar numa área dessa dominada pelo tráfico, seja complicado. Mas, não é justo, em nenhum momento, que as pessoas de bem paguem esse preço, essa conta que a Covid-19 nos trouxe”, afirmou.
Apelo
O parlamentar disse que vai continuar a defender aquilo que acredita ser o melhor para a cidade, que também é o retorno gradual dos eventos, e fez um apelo para que o bom senso prevaleça entre o poder público e os empresários.
“Hoje é muito mais viável fazer festa clandestina, porque não paga um real de imposto e porque ninguém cumpre as 300 leis exclusivas para os eventos, a não ser os CNPJs, só que esses não estão abertos. Não tem nenhum decreto que libere essa abertura, somente para os eventos sociais. Basta qualquer pessoa passar no Tarumã na sexta, sábado ou no domingo, por volta de uma, duas ou até três horas da manhã, que vai ver; a festa rola solta. Que nosso governo enxergue essa categoria, cada vez mais massacrada, e que dê um basta em tudo isso”, finalizou William Alemão.
Com informações da assessoria de imprensa
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