Deputado Cristiano D’Angelo propõe disponibilizar medicamento para tratamento do TDAH na rede pública de saúde do Estado

Deputado Cristiano D’Angelo propõe disponibilizar medicamento para tratamento do TDAH na rede pública de saúde do Estado

Para beneficiar os portadores do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA), o deputado Cristiano D’Angelo (MDB) apresentou o Projeto de Lei nº 131/2024, em tramitação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que estabelece a necessidade de disponibilizar a Atomoxetina, primeiro medicamento não-estimulante para o tratamento ao tratamento do TDHA, na rede pública de saúde do Estado.

“Dessa forma, poderemos olhar para o futuro com esperança, proporcionar uma vida mais produtiva, com mais foco, atenção e controle para aqueles que enfrentam o desafio do TDAH. A Atomoxetina é um passo no sentido para ajudar essas pessoas”, afirma o parlamentar.

A Atomoxetina, segundo explicam os especialistas, tem função diferente dos psicoestimulantes. É um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina (ISRN) e, ao invés de aumentar os níveis de dopamina e norepinefrina no cérebro, como os psicoestimulantes, aumenta, predominantemente, os níveis de norepinefrina. Dessa forma, é possível aprimorar a capacidade de atenção e de controle impulsivo.

“O número de casos de TDAH é bastante elevado no Brasil. Aumentar a acessibilidade dos pacientes ao medicamento é um avanço. A Atomoxetina é uma opção de tratamento de longa duração, ou seja, uma única dose diária pode proporcionar benefícios ao longo do dia, sem a necessidade de várias doses”, justifica o deputado, autor do projeto.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

Segundo o Ministério de Saúde (MS), o TDHA é um transtorno do neurodesenvolvimento. Está relacionado ao declínio nas funções cognitivas, comportamentais, sociais e acadêmicas dos pacientes afetados. A categoria diagnóstica mais acertada internacionalmente é denominada “distúrbio hipercinético”.

Conforme a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o número de casos de TDAH varia entre 5% e 8% a nível mundial. Estima-se que 70% das crianças com o transtorno apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades.

Ainda segundo o MS, é incorreto afirmar o aumento de casos de TDAH ao longo dos anos, mas sim, aumento de diagnósticos. “As pessoas portadoras do TDAH estão sendo mais reconhecidas, mais acolhidas dentro dos serviços de saúde e educacionais, um avanço para o nosso estado é desmobilizar de maiores formas de tratamentos benéficos para a nossa população”, esclarece o deputado.