Doença falciforme: adotar medidas de prevenção é essencial para a qualidade de vida
Se não tratada, pode levar a dores intensas, anemia crônica, infecções frequentes e danos em órgãos
Em 19 de junho, comemora-se o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, uma enfermidade genética e crônica que, a cada ano, surgem cerca de 3 mil novos casos da doença no Brasil e 180 mil novos portadores do traço, ou seja, pessoas que não apresentam sintomas, mas possuem a Hemoglobina S (traço falciforme). A data alerta a sociedade sobre a importância de informar e educar sobre os desafios enfrentados por indivíduos que vivem com a doença, e reforçar as medidas de prevenção e cuidado.
A doença falciforme é hereditária e acomete o sangue causando a mutação dos glóbulos vermelhos, tornando-os rígidos e em forma de foice. Isso leva a complicações como dores nas articulações, ossos ou súbita no peito, baixos níveis de oxigênio no corpo, desidratação, fadiga, febre, mal-estar ou tontura, entre outros. É fundamental conscientizar a população sobre os sinais e sintomas dessa condição para que seja diagnosticada precocemente e, assim, seja realizado o tratamento adequado.
Além disso, é comum que as pessoas acometidas apresentem dedos das mãos ou dos pés inflamados, disfunção orgânica, distúrbio de visão, falta de ar, inchaço, infecção, palidez, pele e olhos amarelados ou quebra anormal de glóbulos vermelhos. Os diagnosticados com a doença devem adotar medidas saudáveis como uma alimentação equilibrada, hidratação adequada, repouso suficiente e a realização regular de exercícios físicos moderados.
Conforme a oncologista pediátrica Dra. Paula Marinho, do Hapvida NotreDame Intermédica, a data é importante para chamar a atenção da sociedade sobre os males causados pela doença falciforme, que é uma doença genética, hereditária e que precisa ser acompanhada por médico hematologista durante toda a vida.
“Pacientes com doença falciforme podem ter infecções por germes resistentes, acidente vascular cerebral, cálculo na vesícula, priapismo, sequestro esplênico (uma complicação aguda decorrente da retenção das hemácias no interior do baço) e Síndrome Torácica Aguda (STA). É diagnosticada através do teste do pezinho ou através de um exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina” informa Dra. Paula.
O tratamento inclui alguns medicamentos, transfusões sanguíneas e, raramente, transplante de medula óssea, quando o paciente tem muitas complicações. É preciso manter uma alimentação saudável, manter-se hidratado e com o cartão de vacinação atualizado, e evitar exposição a temperaturas muito frias sem estar devidamente agasalhado.
“Os benefícios do tratamento são o controle melhor dos sintomas. Fazendo o acompanhamento adequado é possível evitar as complicações relacionadas à doença e ter uma melhor qualidade de vida”, ressalta Marinho.
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