Em reuniões com governadores da Amazônia Legal, Wilson Lima defende integração para desenvolver a região

Governador do Amazonas discursou durante o 25º Fórum de Governadores da Amazônia Legal em Cuiabá (MT)

Em reuniões com governadores da Amazônia Legal, Wilson Lima defende integração para desenvolver a região

O governador do Amazonas, Wilson Lima, defendeu, na 1ª Assembleia Geral dos Governadores da Amazônia Legal, em Cuiabá (MT), a adoção de ações integradas dos governadores dos estados da região aliadas a políticas públicas. O evento encerrou hoje (16/06) o 25º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, realizado na sede do Governo do Mato Grosso.
 
“É preciso a gente começar a fazer essa reflexão e rever como é que a gente vai estabelecer esses critérios para que essas ações estejam conectadas com as políticas públicas; porque essa é uma questão estratégica. Não que o Estado vá intervir na atividade econômica, não é isso, mas a gente precisa proteger o nosso território, precisa proteger a nossa população”, declarou Wilson Lima.
 
Em seu discurso, o governador do Amazonas alertou, ainda, que é preciso mais atenção e investimentos na segurança pública. Wilson Lima lembrou que só o Amazonas, por exemplo, faz fronteira com três países (Colômbia, Peru e Venezuela) e que é preciso forças integradas dos estados, da União e dos países amazônicos, além de tecnologias aliadas a essas ações para a vigilância das fronteiras e combate ao crime.
 
Também participaram da assembleia, além de Wilson Lima e do anfitrião, Mauro Mendes, chefe do Executivo no Mato Grosso, os governadores dos estados do Amapá, Clécio Luís; do Acre, Gladson Cameli; de Rondônia, Marcos Rocha; de Roraima, Antonio Denarium: e do Pará, Helder Barbalho, que também preside o Consórcio Amazônia Legal; além de secretários estaduais e outras autoridades convidadas.
 
Na Assembleia Geral dos Governadores da Amazônia Legal foram discutidos os resultados das reuniões das Câmaras Setoriais de Meio Ambiente, Saúde, Segurança Pública e Agricultura, realizadas na quarta e quinta-feira (14 e 15), e eventos da agenda Pan-Amazônia, que envolve os países que têm a floresta amazônica em seu território: Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guianas e o Suriname, além do Brasil.
 
Carta de Cuiabá
 
Os chefes de estado assinaram a Carta de Cuiabá, com o posicionamento dos gestores, que será direcionada à Cúpula da Amazônia, que acontece no Brasil em agosto. A reunião terá os oito países que partilham o território da Amazônia e tem o objetivo de produzir uma posição de consenso a respeito da floresta que será levada a debates globais sobre ação climática, a exemplo da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre em setembro.
 
Na Carta produzida pelos governadores, é destacado que o tamanho e a relevância da Amazônia exigem atenção em mesma magnitude, com o fortalecimento da integração regional dos estados e países que têm a Amazônia em seu território; com financiamentos e investimentos voltados especialmente aos produtores e processos produtivos sustentáveis; e com manutenção do apoio aos estados no combate a desmatamentos ilegais.
 
Reuniões setoriais
 
Nos primeiros dias da programação do 25º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, secretários e representantes dos governos deliberaram sobre temas importantes em Reuniões Técnicas das Câmaras Setoriais. Do Estado do Amazonas, estiveram presentes os secretários estaduais de Meio Ambiente, Eduardo Taveira; de Produção Rural, Petrucio Magalhães Jr.; e de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur.
 
No Meio Ambiente, a proposta é priorizar projetos de desenvolvimento da economia verde para a região amazônica e priorizar a regularização fundiária com a garantia do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o título definitivo de terra. Na Produção Rural, a ideia é investir em infraestrutura para a zona rural e dar condições de acesso a crédito para quem adotar boas práticas de produção. E na Segurança Pública, manter e fortalecer ações dos Estados e União, com equipamentos e tecnologias que permitam maior vigilância das fronteiras e combate a crimes.