’Infecção cruzada’ em ambiente hospitalar pode ser evitada com adesão a protocolos de biossegurança

Estudos recentes apontam que esse tipo de situação ocorre com uma frequência de 13?4,3?ntro das unidades de saúde

’Infecção cruzada’ em ambiente hospitalar pode ser evitada com adesão a protocolos de biossegurança
Ainfecção cruzada é um tipo de infecção hospitalar, a qual é adquirida após a admissão do paciente em instituição de saúde - Foto: Divulgação

Manaus - Ambientes com risco de contaminação biológica, como é o caso da maioria das unidades hospitalares, são também propícios ao que especialistas chamam de ‘contaminação cruzada’. Ela pode ocorrer quando um visitante, paciente ou profissional, transporta e/ou transfere micro-organismos de fora para dentro dos hospitais, e vice-versa. De acordo com a enfermeira da Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), Hanna Carvalho, estudos recentes apontam que esse tipo de situação ocorre com uma frequência de 13% a 34,3% dentro das unidades de saúde, mas pode ser evitada através de medidas simples, focadas em protocolos de biossegurança.

Segundo a supervisora do Programa Pé Diabético, coordenado pela Segeam em unidades públicas de saúde vinculadas à SES-AM (Secretaria de Estado da Saúde), é importante explicar, inicialmente, que a infecção cruzada é um tipo de infecção hospitalar, a qual é adquirida após a admissão do paciente em instituição de saúde. “Ela pode se manifestar durante a internação ou após a alta médica e, pela sua gravidade, e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbimortalidade, caracterizando-se assim como problema de saúde pública”, frisou.

Uma das maiores formas de disseminação de micro-organismos, atualmente, em unidades hospitalares, ocorre através da infecção cruzada, com propagação de agentes que são nocivos à saúde, durante os cuidados voltados aos pacientes, executados por profissionais de saúde. “Por isso, a adoção de protocolos como o de higienização das mãos, uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), de limpeza de superfícies, esterilização de equipamentos e materiais e o correto descarte de perfurocortantes (seringas e bisturis, etc), é tão importante, e deve ser redobrada atualmente, já que estamos enfrentando uma pandemia mundial”, assegurou Hanna Carvalho.

Outro ponto levantado pela especialista é a reciclagem profissional, com foco no conhecimento e atualização de medidas que reduzam os riscos de transmissão de organismos como vírus e bactérias, além da correta prática clínica. “O conhecimento sobre os vários riscos de transmissão é fundamental para o controle das infecções hospitalares. No caso da infecção cruzada no ambiente clínico, a qual ocorre através do contato de ‘pessoa para pessoa’, pelo ar, ou, por meio de objetos compartilhados, há de se esclarecer como isso pode ser evitado”, esclareceu.

Limpeza e desinfecção

No contexto da pandemia da Covid-19, ela explica que, por ser o coronavírus um agente altamente transmissível, o contágio ocorre a partir de tosse, espirros e gotículas de saliva, por exemplo. Além de atingir diretamente indivíduos próximos, o vírus pode acabar depositado em superfícies, o que exige uma limpeza frequente dos ambientes.

“Destacamos a importância da limpeza dentro desse contexto, além dos cuidados pessoais. Limpar e desinfectar os ambientes corretamente, seguindo as normas e protocolos preconizados, é imprescindível. Os enfermeiros também devem atentar para a importância da orientação aos pacientes e acompanhantes durante a internação, reforçando as medidas de prevenção, especialmente, a de higienização das mãos e uso de máscaras faciais”, mencionou a enfermeira.

De acordo com ela, o check list e a promoção dessas medidas fazem parte das atribuições de enfermeiros, mas também devem ser disseminados por todo o corpo profissional das instituições de saúde, tratando a questão da forma mais abrangente possível e inserindo as medidas na rotina hospitalar.

 

Com informações da assessoria de imprensa