Polícia vai pedir sequestro de bens de presos na Operação Mamon
Ação conseguiu tirar seis toneladas de drogas do mercado negro, além de três milhões em espécie
Manaus - Após a primeira fase de apreensão de drogas e identificação dos infratores, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), dá início à segunda fase da operação “Mamon”, a maior ação contra o tráfico de drogas já registrada na história do estado. Nesta etapa, será pedido o sequestro judicial de bens que estão em nome de membros da organização criminosa, que serviam para auxiliar e financiar práticas criminosas.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Louismar Bonates, um levantamento sobre imóveis e empresas que pertencem à organização criminosa já está sendo feito pela equipe do DRCO.
“Agora entra a parte dos imóveis, dos bens da quadrilha. Tanto de imóveis quanto das empresas que eles possuíam. Está sendo solicitado agora, pelo DRCO, no Judiciário o sequestro desses bens para que possa ser revertido para a Segurança Pública, através do Fundo Nacional de Segurança”, disse o secretário.
O diretor do DRCO, delegado Rafael Allemand, explicou que alguns bens já foram apreendidos na primeira fase, como lanchas e carros, mas já é de conhecimento da polícia que a organização criminosa também possui cabeças de gado e cavalos de raça.
“Tudo isso será identificado, será pedido o sequestro desses bens, tendo em vista que são oriundos do tráfico de drogas. Vamos pedir o sequestro para ficar totalmente à disposição da Justiça e, de alguns, pedir reversão para a Secretaria de Segurança de Pública”, explicou.
A delegada-geral da Polícia Civil do Amazonas, Emília Ferraz, destacou o trabalho das equipes policiais durante a operação e reforçou o compromisso da Polícia Civil em combater o crime organizado no estado.
“Nós apreendemos quase seis toneladas, apreendemos todos os envolvidos que estavam fazendo o trânsito dessa droga. Portanto, isso faz com que a nossa operação seja uma das maiores também em ciclo completo”, afirmou Emília.
Depois de toda a droga e dinheiro apreendido, agora o DRCO trabalha em documentação e identificação, junto aos cartórios, para saber quais imóveis pertencem à quadrilha.
Operação ‘Mamon’
Maior operação contra o tráfico de drogas já registrada pela Polícia Civil no Amazonas, a operação “Mamon” apreendeu mais de seis toneladas de entorpecentes, além de 20 veículos, uma lancha, duas balsas, um jet ski, joias e o montante de R$ 3 milhões em espécie, pertencente a uma organização criminosa. O prejuízo ao crime organizado está estimado em R$ 100 milhões. Dez pessoas foram presas durante a ação.
Presos
Durante a ação da Polícia Civil, o empresário Gilson Motta Rodrigues, 51, o "RDK" Carlos Marcos Barbosa de Lima, 48; Francisco Alves Sobrinho, 46; Haroldo Teixeira de Arruda, 39; Iarany Magda de Souza Monteiro, 33; Juliana Lorival Amaral Souza, 27; Luís Thiago Costa Mello, 20; Nataly da Costa Bezerra, 27; Raimundo da Silva Firmino Filho, 36; Raimundo Gomes Xavier, 39; e Tiago da Silva Firmino, 34, foram presos.
Com informações da assessoria de imprensa
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