Polícia vai pedir sequestro de bens de presos na Operação Mamon

Ação conseguiu tirar seis toneladas de drogas do mercado negro, além de três milhões em espécie

Polícia vai pedir sequestro de bens de presos na Operação Mamon
Delegado Rafael Allemand, diretor do DRCO foi o coordenador da operação Mamon - Foto: Carlos Soares/SSP

Manaus - Após a primeira fase de apreensão de drogas e identificação dos infratores, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), dá início à segunda fase da operação “Mamon”, a maior ação contra o tráfico de drogas já registrada na história do estado. Nesta etapa, será pedido o sequestro judicial de bens que estão em nome de membros da organização criminosa, que serviam para auxiliar e financiar práticas criminosas.

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Louismar Bonates, um levantamento sobre imóveis e empresas que pertencem à organização criminosa já está sendo feito pela equipe do DRCO.

“Agora entra a parte dos imóveis, dos bens da quadrilha. Tanto de imóveis quanto das empresas que eles possuíam. Está sendo solicitado agora, pelo DRCO, no Judiciário o sequestro desses bens para que possa ser revertido para a Segurança Pública, através do Fundo Nacional de Segurança”, disse o secretário.

O diretor do DRCO, delegado Rafael Allemand, explicou que alguns bens já foram apreendidos na primeira fase, como lanchas e carros, mas já é de conhecimento da polícia que a organização criminosa também possui cabeças de gado e cavalos de raça.

“Tudo isso será identificado, será pedido o sequestro desses bens, tendo em vista que são oriundos do tráfico de drogas. Vamos pedir o sequestro para ficar totalmente à disposição da Justiça e, de alguns, pedir reversão para a Secretaria de Segurança de Pública”, explicou.

A delegada-geral da Polícia Civil do Amazonas, Emília Ferraz, destacou o trabalho das equipes policiais durante a operação e reforçou o compromisso da Polícia Civil em combater o crime organizado no estado.

“Nós apreendemos quase seis toneladas, apreendemos todos os envolvidos que estavam fazendo o trânsito dessa droga. Portanto, isso faz com que a nossa operação seja uma das maiores também em ciclo completo”, afirmou Emília.

Depois de toda a droga e dinheiro apreendido, agora o DRCO trabalha em documentação e identificação, junto aos cartórios, para saber quais imóveis pertencem à quadrilha.

Operação ‘Mamon’

Maior operação contra o tráfico de drogas já registrada pela Polícia Civil no Amazonas, a operação “Mamon” apreendeu mais de seis toneladas de entorpecentes, além de 20 veículos, uma lancha, duas balsas, um jet ski, joias e o montante de R$ 3 milhões em espécie, pertencente a uma organização criminosa. O prejuízo ao crime organizado está estimado em R$ 100 milhões. Dez pessoas foram presas durante a ação.

Presos

Durante a ação da Polícia Civil, o empresário Gilson Motta Rodrigues, 51, o "RDK" Carlos Marcos Barbosa de Lima, 48; Francisco Alves Sobrinho, 46; Haroldo Teixeira de Arruda, 39; Iarany Magda de Souza Monteiro, 33; Juliana Lorival Amaral Souza, 27; Luís Thiago Costa Mello, 20; Nataly da Costa Bezerra, 27; Raimundo da Silva Firmino Filho, 36; Raimundo Gomes Xavier, 39; e Tiago da Silva Firmino, 34, foram presos.

 

Com informações da assessoria de imprensa