Bolsonaro pode ser investigado por compra de lanches com cartão corporativo

Subprocurador afirma que há indícios de utilização desses recursos em atividades de campanha eleitoral

Bolsonaro pode ser investigado por compra de lanches com cartão corporativo

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu nesta segunda-feira (10) que seja aberta uma investigação contra Jair Bolsonaro (PL) para apurar a compra de lanches com cartão corporativo durante sua campanha à reeleição. 

No pedido, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado diz que há “indícios de dano ao erário e ao ordenamento jurídico eleitoral”. Ele solicita ainda que o TCU estabeleça uma força-tarefa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fiscalizar esses gastos, “diante dos indícios de utilização dessa fonte de recursos com atividades da campanha eleitoral”, afirma.

Na Corte de Contas, outras três ações já investigam a suposta utilização indevida do cartão corporativo pelo ex-presidente. O subprocurador pede que seja analisada a relação entre elas e, caso confirmado, que a investigação ocorra conjuntamente. 

“Ao que parece o cartão corporativo serviu de benesses extras além das apontadas nas três representações anteriores”, descreve Lucas Rocha Furtado.

O pedido apresentado nesta segunda foi baseado em uma matéria publicada pelo portal UOL. Nela, o site jornalístico revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro pagou ao menos 21.447 lanches com cartão corporativo em viagens de campanha para reeleição. Os gastos, comprovados por meio de notas fiscais, somado com outras compras de refeições, somam um valor total de R$ 754 mil.