Professora de artes mantém viva a tradição das quadrilhas em Petrópolis

Além de incentivar crianças e adultos na arte do folclore, Idemar Vale também realiza com eles projetos de cidadania e educação

Professora de artes mantém viva a tradição das quadrilhas em Petrópolis
 A Quadrilha Mirim Brotinhos do Amanhã consegue sempre o primeiro lugar na categoria Mirim desde a sua estreia em 2006 - Foto: Divulgação

Manaus - Há 37 anos, a pedagoga Idemar Vale fundou a Quadrilha Tradicional Brotinhos de Petrópolis, formada exclusivamente por adultos. Devido ao interesse de muitas crianças e adolescentes que queriam participar do grupo folclórico, a professora criou, há 15 anos, a Quadrilha Mirim Brotinhos do Amanhã, que é composta basicamente por filhos dos coordenadores e brincantes da quadrilha adulta e crianças que vivem no bairro. Os integrantes possuem idades que variam de 5 a 12 anos.
 
“A quantidade de componentes varia de ano para ano. Há anos que são 20 pares. Entretanto, há outros anos que são 15 pares”, conta a professora, que tem 62 anos de idade e atua há 37 anos no movimento folclórico do Amazonas.
 
A partir de 2006, a Brotinhos do Amanhã passou a competir e já no ano de sua estreia foi consagrada campeã no Festival Marquesiano, na categoria Mirim. A Brotinhos do Amanhã também passou a participar do Festival do Centro Social Urbano (CSU) do Parque 10, consagrando-se campeã todos os anos na sua categoria.
 
Ações sociais

A professora Idemar também realiza um importante trabalho de cidadania e educação na comunidade. No período em que não há ensaios e nem apresentações, ela desenvolve atividades de incentivo à leitura e escrita com as crianças. Ela também realiza atividades de teatro, dança e música. “O projeto de incentivo à leitura visa estimular as crianças a ler, cantar, interpretar, dançar e ensaiar peças infantis de acordo com os temas de leitura que são apresentados a elas”, comenta.
 
Além dessas atividades, a pedagoga organiza séries de palestras educativas que abordam temas sociais, como a questão das drogas e dos vícios, a exploração sexual infantil, entre outros. Outro projeto que ela realiza no bairro é o “Dançar, Brincar e Descobrir que Preservar é Coisa de Criança”, que visa passar ensinamentos de preservação do meio ambiente às crianças.
 
“Os projetos sociais são realizados assim que termina o Festival Folclórico do Amazonas. Eu, como sou professora, e tenho formação em Gestão Escolar, ministro oficinas para as crianças”, conta a pedagoga.
 
Idemar na fila do pão

Toda a história de como surgiram as duas quadrilhas e dos trabalhos sociais que a pedagoga realiza serão detalhados no dia 16 (quarta-feira) de dezembro, na segunda entrevista do programa “Quem é você na fila do pão”, no Instagram (@quemevoce.nafiladopao), Facebook (Quem é você na fila do pão?) e YouTube (Quem é você na fila do pão?).
 
O programa de entrevista é comandado pela personagem Filó, a Básica, interpretada pelo ator e diretor Paulo Queiroz, e integra o projeto cultural “Quem é você na fila do Pão? – Edição Norte-Sul/Leste-Oeste”, concebido por Paulo Queiroz. A iniciativa foi contemplada na Lei Aldir Blanc, no edital do Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2020, na categoria Teatro, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) da Prefeitura de Manaus.
 
Padrinho artístico

Idemar Vale foi indicada para participar do programa por meio do pedagogo, arte-educador, contador de histórias e professor de teatro Ricardo Lopes, que é admirador do trabalho realizado pela professora Idemar.
 
“Tenho 36 anos de idade, iniciei meus estudos teatrais aos 13 anos. Aos 18 anos, já atuava como professor. Aos 22 anos, iniciei minha experiência como pedagogo cultural em escolas e projetos artísticos em Manaus”, resume Lopes, que possui pós-graduação em Comunicação Empresarial e Marketing, graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e atualmente é gerente da Central Pedagógica da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

 

Com informações da assessoria de imprensa