Região Norte tem gasolina mais cara do país, aponta pesquisa
Em junho, maiores valores por litro foram encontrados em postos do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima
São Paulo – Apesar na queda nos preços dos combustíveis sentida no bolso por muitos brasileiros, quem mora em estados da região Norte continua pagando os maiores preços do país para abastecer seus veículos. É o que revela a nova edição do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, publicado em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). De acordo com o levantamento de junho, os preços encontrados em postos da Região Norte foram os maiores do país nos seguintes combustíveis: gasolina comum (R$ 5,751), gasolina aditivada (R$ 5,818), etanol hidratado (R$ 4.615), diesel comum (R$ 5,348) e diesel S-10 (R$ 5,379).
No caso específico da gasolina comum, o valor médio por litro encontrado em postos da região foi 28 centavos maior que o valor pago na média nacional (R$ 5,468) e 38 centavos mais caro que o arcado para abastecer no Sudeste (R$ 5,367), que apresentou o menor preço médio segundo o levantamento de junho.
Comparativamente, entre os 10 estados com gasolina comum mais cara do país, seis fazem parte da região Norte: Acre (R$ 6,048), Amazonas (R$ 6,017), Rondônia (R$ 5,905), Roraima (R$ 5,875), Rondônia (R$ 5,741) e Tocantins (R$ 5,729). As capitais da região também lideram o ranking das mais onerosas para quem é proprietário de veículos abastecidos com gasolina, com destaque para os valores médios cobrados em postos sediados em: Porto Velho (R$ 5,999), Manaus (R$ 5,990), Rio Branco (R$ 5,982), Palmas (R$ 5,858) e Boa Vista (R$ 5,837).
No 1º semestre de 2023, o preço da gasolina comum acumula uma alta de 15% no Norte: a maior variação registrada entre as regiões brasileiras. Considerando a janela dos últimos 12 meses, todavia, o combustível ficou mais barato para os moradores da região. Segundo dados do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, o preço médio da gasolina recuou 22,6% entre junho de 2022 e junho de 2023. Comparativamente, os preços caíram menos do que na média nacional nessa janela temporal (-25,2%).
Os preços mais elevados da gasolina têm reflexo no orçamento mensal das famílias da região. De acordo com indicadores apresentados na publicação, no primeiro trimestre de 2023, o valor necessário para abastecer um tanque de gasolina correspondeu, em média, a 7,9% da renda domiciliar dos brasileiros que moravam no Norte – patamar que supera a média nacional (5,9%). O percentual, vale dizer, só não foi maior do que aquele encontrado para a região Nordeste (9,7%). Ainda segundo o levantamento, dentre as capitais, Rio Branco (AC) registrou a maior porcentagem, com 7,8%, seguida por Porto Velho (RO), com média de 7,6%, e Manaus (AM) com 7,3%. Já as capitais onde o custo de um tanque de gasolina comum menos pesou no bolso dos brasileiros incluíram: Florianópolis, com 2,9%; Brasília, com 3%; e São Paulo, com 3,1%. Na média das capitais brasileiros, o percentual apurado foi de 3,7%.
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