Vereadores afirmam que dinheiro do ‘puxadinho’ da CMM poderia servir para construção de casas e auxílio emergencial

Os vereadores Amom Mandel e Rodrigo Guedes vão entrar com uma ação popular, na Justiça Estadual, para barrar a construção de um prédio anexo a Câmara Municipal de Manaus, apelidada de 'puxadinho', orçado em quase R$ 32 milhões

Vereadores afirmam que dinheiro do ‘puxadinho’ da CMM poderia servir para construção de casas e auxílio emergencial
Os dois parlamentares convocaram os veículos de comunicação do Estado para explicarem a Ação Popular que será movida por eles - Foto: Divulgação

Manaus - “Esses quase R$ 32 milhões que serão investidos no prédio anexo a câmara municipal poderiam ser investidos em auxílio emergencial, por 1 ano, para mais de 20 mil famílias ou na construção de 400 moradias”, afirmaram os vereadores Amom Mandel (sem partido) e Rodrigo Guedes (PSC), nesta quinta-feira (16), durante coletiva de imprensa realizada na sala de cinema da Câmara Municipal de Manaus (CMM).

Os dois parlamentares convocaram os veículos de comunicação do Estado para explicarem a Ação Popular que será movida por eles, no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), para barrar a licitação da obra da construção de um novo prédio anexo do Poder Legislativo Municipal.

De acordo com Amom, durante uma análise no projeto básico do prédio foram encontradas algumas inconsistências na questão da engenharia da obra. “A fundamentação do projeto não se sustenta. É uma situação imoral para a sociedade”, disse o jovem vereador, que também é ouvidor da CMM.

Guedes destacou que a ação dos dois vereadores está embasada em uma série de argumentos jurídicos e técnicos de engenheiros que analisaram o projeto, e encontraram problemas básicos. “Consideramos essa obra desnecessária e uma afronta para a população, que também não concorda com isso”, destacou ele.

Ainda segundo Rodrigo Guedes, a câmara municipal já gastou, recentemente, em outra gestão, uma obra de prédio-anexo no estacionamento e comprou um telão digital orçado em milhões para o plenário Adriano Jorge. “São obras que não são prioridades para o povo. Essa obra de prédio anexo, que vai abrigar gabinetes para os vereadores, não é necessária, até porque temos espaços parados aqui na Casa Legislativa”, frisou.

Polêmica

A proposta de construção partiu do presidente da CMM, vereador David Reis (Avante), que empenhou R$ 31.979.575,63 para a obra do segundo anexo da CMM. Entre as justificativas, ele alega que é preciso dotar o espaço de “condições dignas de uso aos diversos ambientes existentes, aos parlamentares, colaboradores e comissionados, além das pessoas que visitam rotineiramente a Casa Legislativa”, diz um trecho do edital.

O novo prédio contará com quase 12 mil metros quadrados distribuídos em subsolo, garagem e mais quatro andares. O ‘puxadinho’, segundo os vereadores Amom Mandel e Rodrigo Guedes terá quatro elevadores e o custo estimado de cada metro quadrado ultrapassa os R$ 2,8 mil.

 

Com informações do Portal O PODER