Amamentar antes dos 30 anos reduz em até 30% os riscos de se desenvolver o câncer de mama
O câncer de mama é o tipo de neoplasia maligna considerada a mais incidente na população feminina em todo o mundo
Manaus - No ‘Agosto Dourado’, mês dedicado a reforçar a importância da amamentação para mães e bebês, especialistas em oncologia destacam que o aleitamento materno é também uma importante arma de prevenção ao câncer de mama. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a prática reduz em até 30% as chances de se desenvolver a doença, quando se trata de mulheres que dão à luz até os 30 anos, explica o médico mastologista e presidente da Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc), Dr. Jesus Pinheiro.
O câncer de mama é o tipo de neoplasia maligna considerada a mais incidente na população feminina em todo o mundo, e que ocupa a segunda posição no ranking amazonense quando se trata de câncer em mulheres, com previsão de 450 casos ao ano, sendo 380 em Manaus, aponta projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde.
Mas, qual é a relação entre a amamentação e a prevenção do câncer? Pinheiro explica que o ato de amamentar, especialmente antes dos 30 anos, ajuda no processo de ‘amadurecimento’ das mamas. Em uma linguagem mais técnica, o que ocorre é que os ductos mamários, responsáveis por transportar o leite durante a amamentação, sofrem a chamada maturação, ficando mais protegidos de alterações celulares nocivas, que privilegiam o surgimento do câncer.
“O câncer ocorre quando uma célula decide se perpetuar, se proliferando e gerando massas denominadas tumores malignos, que podem, através da corrente sanguínea, se espalhar para outras localizações do corpo, criando o que chamamos de metástase. No caso do câncer de mama, quando há essa proteção, essas as células mais propensas a se tornarem cancerígenas, são eliminadas com mais facilidade”, reforça o especialista.
Além disso, durante o aleitamento materno, a quantidade de hormônios que favorecem o desenvolvimento do câncer, cai. “Amamentar também ajuda a prevenir o câncer de útero, uma vez que auxilia na renovação celular, eliminando células que, eventualmente, poderiam evoluir para lesões cancerígenas”, destaca.
De acordo com Pinheiro, o câncer tem relação com diversos fatores de risco. Quando em mulheres, leva em consideração, por exemplo, a idade em que ocorreu a primeira menstruação e quando ela parou de menstruar, se teve filhos, o fator hereditário (transferência de características genéticas de pais para filhos), além de fatores externos, como alimentação, sedentarismo, tabagismo, obesidade, alcoolismo, entre outros.
“Por isso, além de amamentar, se possível, é importante adotar hábitos saudáveis de vida, para reforçar ainda mais a prevenção a todos os tipos de câncer. Fazer o check up anual, com exames como a mamografia e a ressonância magnética a partir dos 30 anos, para mulheres inseridas no grupo de alto risco (as que têm casos de câncer de mama na família), e a partir dos 40 anos para as demais, como forma de rastreio”, destacou. Antes disso, as alterações são detectáveis a partir da ultrassonografia mamária com indicação médica.
Conheça a Lacc
A Lacc foi fundada há 64 anos e desenvolve ações sociais e educativas no Amazonas, através de recursos doados pela população. Entre os projetos, estão: a destinação mensal de cestas básicas a pacientes com câncer, que se encontram em situação de vulnerabilidade social; o aluguel de quartos nas proximidades da FCecon, para acolher pacientes vindos do interior; o transporte de pacientes em tratamento de quimioterapia e radioterapia; a aquisição de alimentação especial para pacientes com restrição alimentar, em decorrência do câncer; o custeio de passagens terrestres e fluviais aos que moram em outras cidades do Amazonas, entre outros.
Os principais canais de doação à Lacc são o portal institucional www.laccam.org.br, o whatsapp (92) 98484-5436 e o telefone convencional 2101-4900, além do PIX 04.499.182 0001-48 (Liga Amazonense Contra o Câncer – CNPJ).
Com informações da assessoria de imprensa
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